domingo, 30 de maio de 2010

Coisas de Brasilia que sentiremos falta ... Parte II

Continuando a sessão nostalgia, mais coisas especiais de Brasília das quais sentiremos falta...

7ª. Da sensação de segurança
Como já falei anteriormente: “Moramos num prédio sem guarita, nosso carro fica em vagas a céu aberto, e mesmo assim, nunca nos sentimos tão seguros”. Além disso, andamos de carro de dia e noite sem nos preocupar se vai vir um assaltante do nada, andamos tranquilos pelas ruas...
A referência que temos seria Fortaleza, cidade onde morávamos (e que estamos voltando agora). Já fomos assaltados lá, estamos sempre alerta a qualquer hora do dia... e é muito ruim essa sensação.




8ª. De tomar banho de cachoeira
Essa foi uma coisa inédita para mim, que vim do Ceará e lá só temos praias... Sentiremos falta de todo o ritual que cerca as cachoeiras: pegar a trilha, andar no meio do mato, chegar e ficar vislumbrado com aquilo, e por fim, de pensar várias vezes antes de entrar naquelas águas geladas, que te fazem tremer só de por o pezinho... Mas, uma vez lá dentro, é algo mágico, indescritível. Ficar flutuando na água, no silêncio, cercado pela natureza e olhando para a cachoeira... não tem preço!





Vamos sentir falta de ter várias delas a poucos quilômetros de nós, bem ali... E nos arrependemos de não termos conhecido mais delas, que estavam tão perto...

9ª. De andar de patins
Sabe aquela coisa que você não faz muito quando tem chance, mas que, quando não tiver mais a possibilidade de ela acontecer, sabe que vai sentir falta? Pois é exatamente assim com os patins. Não apenas vamos perder o lugar ideal de andar, como qualquer lugar para andar, já que em Fortaleza não há (as pessoas tentam andar na Beira-Mar, por entre os carros, em tempo de serem atropeladas)

Andar de patins no parque da cidade, com toda aquela beleza, ouvindo uma música que você adora... Muito bom, libertador, relaxante, estimulante... adjetivos faltam.



10ª. Do trânsito
Vias largas, asfaltos bons, boa sinalização, sem buzinas (na maior parte do tempo), e trânsito tranqüilo, sem engarrafamentos (para nós que não pegamos as principais vias no dia-a-dia).
Preciso dizer mais?




11ª. Da educação das pessoas
Já ouvimos posições contrárias, mas a nossa impressão do povo brasiliense foi ótima! Em todos os estabelecimentos fomos bem atendidos, tanto em questão de qualidade quanto de simpatia. E esse comportamento foi contrastante com o que sentimos em Fortaleza, onde, na maioria das vezes, as pessoas não te atendem bem, chegando à antipatia.

12ª. Da porção de pastel de carne da Choparia Sudoeste
Lembro da primeira vez que pedimos: na noite de Réveillon. Depois de rodarmos muito, foi o único lugar aberto que encontramos, e como estávamos morrendo de fome, pedimos uma porção enquanto esperávamos a comida. Quando chegaram oito pastéis grandes, fiquei impressionada, pois a porção custa R$ 9,90. E o melhor? Um dos melhores pastéis de carne que já comemos, e quase todas as vezes que vamos lá (pois também nos tornamos freqüentadores assíduos do lugar) somos acompanhados pela porção generosa e deliciosa de pastel de carne.


Brasília tem muitas coisas boas... então esperem por mais coisas especiais que deixarão saudades....

Expedição "Melhores da Veja Brasília"- Pizzaria

Hoje deu vontade de comer pizza, então decidimos ir naquela que foi eleita a melhor pizzaria de Brasília em 2010: a Fratello Uno.




Pedimos de entrada um pão que é criação da casa: o “pão da casa” (preparado com massa própria, calabresa artesanal e assado em forno à lenha). Aparenta ser melhor do que é, mas é bom.


Como prato principal uma pizza média (que nos dava a opção de escolher dois sabores, no caso de pedir uma grande, pode-se escolher até três) dos sabores “Maria bonita” (gorgonzola, quibebe de abóbora, catupiry, carne seca e orégano) e “Gostosona” (Pomodori pelati, mussarela de búfala, presunto de Parma, pesto verde e tomate).


 O Tilso adorou a “Maria Bonita” (hum... não gostei dessa frase)

a "Gostosona" nem tanto!

De sobremesa pedimos um sorvete de Tapioca, com cobertura de goiabada cascão e vinho. Esse sim estava uma delícia.


O ambiente é bom, aconchegante, o staff é atencioso, cordial, mas a pizza... na minha opinião, deixou a desejar. Talvez a expectativa tenha sido muito grande (essa história de ir ao melhor pode gerar isso), talvez tenhamos errado no sabor, ou talvez tenha sido a minha chatice que imperou nesse caso. Sou meio chatinha pra comida, sabe? (aliás, sou meio chatinha pra tudo! rsrs).

Apesar da minha opinião negativa, o lugar faz sucesso: estava lotado, não parava de chegar gente e chegou a ter lista de espera para se conseguir uma mesa.


Resultado: O melhor da “melhor pizzaria” foi o sorvete. Não é engraçado?

terça-feira, 25 de maio de 2010

Expedição "Melhores Veja Brasília" - Vanilla Caffè

24 de maio: dia Nacional do Café!

Gente, ontem foi o dia nacional do café. Descobrimos de manhã, por acaso, e então decidimos que essa seria uma ótima oportunidade para tomar o “eleito melhor café de Brasília”. Foi assim que decidimos começar a Expedição Melhores da Veja Brasília pela cafeteria Vanilla Café, apreciando essa iguaria que há tanto faz parte de nossas vidas.


O Dia Nacional do Café foi incorporado ao Calendário Brasileiro de Eventos em 2005, por sugestão da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) com o objetivo de promover, valorizar e manter viva, junto aos consumidores, a importância histórica deste produto. Desde então a data é festejada, com muitas xícaras repletas de aroma e sabor, por industriais, produtores, exportadores, cooperativas, varejo, cafeterias, imprensa e por todos os apaixonados por este produto.

A cada ano, a entidade elege um tema para a comemoração, e este ano, em homenagem à Copa do Mundo da África do Sul, o escolhido foi “Café: energia e paixão como o futebol”.  O tema reflete a união de duas grandes paixões dos brasileiros. Além disso, promove duas atitudes saudáveis e deliciosas: a prática de esportes e o consumo do cafezinho.

O café fez o Brasil, e o Brasil fez o café.
Um pouco de história...
Originário da Etiópia, onde já era utilizado em tempos remotos, o café atravessou o Mediterrâneo e chegou à Europa durante a segunda metade do século XVII. Era a época do Barroco, das monarquias absolutas e a expansão do comércio internacional enriquecia a burguesia.
Já no início do século XVIII, os “Cafés” tornaram-se centros de encontros e reuniões elegantes de aristocratas, burgueses e intelectuais. Precedido pela fama de "provocar idéias", o café conquistou, desde logo, o gosto de escritores, artistas e pensadores.
Lord Bacon atribuía-lhe a capacidade de "dar espírito ao que não o tem". Eça de Queiroz chegou a afirmar, muito depois, que foi do fundo das negras taças "que brotou o raio luminoso de 89", referindo-se às discussões entre iluministas que precederam a Revolução Francesa.
Foi em 1727 que o tenente (alguns dizem que era sargento-mor) Francisco de Mello Palheta, vindo da Guiana Francesa trouxe as primeiras mudas da rubiácea para o Brasil. Recebera-as de presente das mãos de Madame d'Orvilliers, esposa do governador de Caiena.
As mudas foram plantadas no Pará, onde floresceram sem dificuldade. Mas não seria no ambiente amazônico que a nova planta iria tornar-se a principal do país, um século e meio mais tarde. Enquanto na Europa e nos Estados Unidos o consumo da bebida crescia extraordinariamente, exigindo o constante aumento da produção, o café saltou para o Rio de Janeiro, onde começou a ser plantado em 1781 por João Alberto de Castello Branco.
Tinha início, assim, um novo ciclo econômico na história do país. Esgotado o ciclo da mineração do ouro em Minas Gerais, outra riqueza surgia, provocando a emergência de uma aristocracia e promovendo o progresso do Império e da Primeira República. Ao terminar o século XIX, o Brasil controlava o mercado cafeeiro mundial.
Nestes 280 anos, o café criou cidades, abriu fronteiras e gerou riqueza por onde passou. Cultura nômade a princípio, do Pará foi para o Rio de Janeiro e de lá, seguiu para o Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo e, via Serras Fluminenses, conquistou Minas Gerais e, em seguida, Paraná e Espírito Santo.
Hoje, o Brasil é o maior país produtor e exportador de café do mundo, e segundo maior mercado consumidor. O consumo per capita está em quase 80 litros por pessoa! É muito café pra uma pessoa só!
...

Diante dessa história concluímos que a relação do café com os brasileiros não poderia ser outra senão de amor: é verdadeira a paixão pelo café. Nós tomamos café o ano inteiro, em casa, antes, durante e depois no trabalho, na universidade, nas padarias, cafeterias, restaurantes, hotéis, lanchonetes e outros inúmeros locais. É só ele ser servido, e lá estamos a tomá-lo! E se não é servido, lá estamos nós a pedir: um cafezinho, por favor?!
Alguns dos motivos para o sucesso do café:
  • Desperta e anima, dá aquela energia e vitalidade, espantando a preguiça, seja em casa, na escola ou no trabalho. Parar para tomar um café é sempre uma saudável pausa.
  • Combinação harmoniosa com ingredientes diversos, resultando sempre em receitas deliciosas, quentes ou geladas, preparadas pelos baristas, que são os especialistas em café.
  • Maior qualidade do produto e a expansão do segmento de cafeterias.
  • Faz bem à saúde. Estimula o raciocínio, a memória, aumenta o estado de vigília. É uma bebida social, que aproxima e faz amigos.
  • E o ato de tomar café pode significar uma prazerosa pausa na correria que se vive no trabalho, em casa ou na escola.
Um cafezinho, por favor? 
Bem, nesse caso, não foi um simples cafezinho... Como estávamos diante do melhor café de Brasília, quisemos aproveitar a oportunidade e pedir algo diferente do usual. O Rô foi de Irish Coffee (expresso, Johnnie Walker red label, açúcar mascavo e chantilly) e eu de Frappe caffè cioccolato (expresso, Häagen-Dazs de chocolate belga, batidos com leite condensado e gelo). Para acompanhar um pão de queijo marguerita e uma empada de frango. 

O Irish Coffe 
O meu delicioso Frappe caffè cioccolato  

 

Esse ambiente do lado externo é muito agradável! 


Gente, só de ler de novo a composição do meu já fiquei com água na boca. Aprovadíssima a escolha da Veja! Tudo estava uma delícia, até a simples empadinha de frango. Tomei tão devagar o meu Frappe (enrolei na hora de falar e ainda não descobri como se fala)... Não queria que acabasse. 




Ser escolhido como melhor da veja (e eles deixam isso estampado para todos saberem, como vocês podem ver nas fotos), tem lá suas desvantagens para nosso “rico dinheirinho”. Se quiser sair do tradicional, esteja preparado para pagar de dez a quinze reais pelo café. Mas vale cada centavinho.


O bom do café é que há sempre um para todos os gostos e bolsos. Então, escolha o seu e bom café!

A Arte de Viajar

Esse post é para compartilhar uma compra que fizemos hoje: o livro “A arte de viajar”. Compramos pela internet, então não daria nem pra ver o resuminho na orelha e dizer algo sobre ele, se não fosse pelo nosso querido Google, que sempre está lá para nos dar uma ajudinha nessas horas.
Então, pesquisando sobre o livro e o autor, encontramos essas passagens, que nos fizeram perceber que essa, talvez, tenha sido uma ótima aquisição.

Sobre o autor:
"Alain de Botton é um escritor e produtor residente em Londres, famoso por popularizar a filosofia e divulgar seu uso na vida cotidiana. Escreve livros e ensaios, expondo tanto suas idéias e experiências quanto a de artistas, filósofos e pensadores. Esse estilo peculiar de escrever tem sido chamado de filosofia da vida cotidiana. 
Seu primeiro livro, Essays In Love (Ensaios de Amor), analisou o processo de como as pessoas se apaixonam e depois se desiludem. Recebeu reconhecimento mundial com sua primeira obra de não-ficção, How Proust Can Change Your Life (Como Proust pode mudar sua vida), em 1997. 
Posteriormente lançou As consolações da Filosofia. Embora às vezes descritos como obras de popularização, estes dois livros também apresentam novas idéias sobre amizade, arte, inveja, desejo, e inadequação, como por exemplo com relação ao que os outros pensam.  Procura demonstrar como os ensinamentos de filósofos como Epicuro, Montaigne, Nietzche, Schopenhauer, Sêneca e Sócrates podem ajudar a resolver as aflições comuns no dia-a-dia do mundo moderno, como impopularidade, sentimento de inadequação, dificuldades financeiras, desilusões amorosas e outros infortúnios. O livro tem recebido elogios e críticas por sua aplicação terapêutica da filosofia.
Em A arte de Viajar retorna ao estilo mais lírico, e pessoal de escrever. No livro analisa o lado psicológico que envolve o ato de viajar: como imaginamos lugares antes de viajar, como nos lembramos das coisas boas, o que acontece quando observamos um deserto, ou ficamos em um hotel, ou ficamos em um hotel.
Em Desejo de Status, analisa o desejo universal que raramente discutimos diretamente: o anseio por saber o que outras pessoas pensam a nosso respeito; sobre se somos julgados como bem sucedido ou fracassado, como perdedor ou vencedor. E seu último livro, A Arquitetura da Felicidade, discute a natureza do belo na arquitetura, e descreve como a arquitetura nos afeta na vida diária, ainda que raramente prestemos atenção para esse fato".

Sobre o livro:
As viagens estão entre as atividades que melhor revelam a dinâmica da busca pela felicidade, em todo seu ardor e seus paradoxos, pois elas expressam como poderia ser a vida fora das restrições do trabalho e da luta pela sobrevivência. É disso que trata seu novo livro.
Em A arte de viajar, Alain de Botton, autor de As consolações da filosofia, nos propõe uma excursão pelas satisfações e decepções do ato de viajar. Aeroportos, tapetes exóticos, emoção das férias e frigobares de hotel; esse livro bem-humorado, esclarecedor e instigante revela as motivações, expectativas e complicações ocultas em nossas viagens pelo mundo afora.
Para acompanhá-lo nesse percurso, de Botton convida escritores, pintores e pensadores que foram inspirados pelo ato de viajar em todas as suas formas: Gustave Flaubert, Edward Hopper, Baudelaire, Wordsworth, Van Gogh, Ruskin – todos prontos para partilhar suas profundas impressões.
"Poucos segundos na vida são mais libertadores do que aqueles em que um avião levanta vôo para o céu", escreve o autor. Conforme a aeronave sobe, os problemas parecem se tornar tão pequenos quanto os prédios lá embaixo. No entanto, Botton acredita que belas paisagens e hotéis de sonho não podem jamais garantir nossa felicidade.
Para Botton, "as viagens são parteiras do pensamento". Poucos lugares seriam mais propícios à reflexão do que um avião, um navio ou um trem em movimento. E quartos de hotel oferecem a oportunidade de fugirmos de nossos hábitos mentais, pois estamos longe de tudo que nos seja rotineiro ou familiar. O autor acredita que nosso entusiasmo com um lugar estrangeiro advém, muitas vezes, de nossas insatisfações com nosso próprio país.
O próprio Botton fez diversas viagens por influência de livros, filmes e fotografias. Ele visitou o Distrito de Lagos, na Inglaterra, por causa da poesia de William Wordsworth, que passou quase toda a vida naquele lugar, no século 18. Botton foi também ao deserto do Sinai com um texto de Edmund Burke na bagagem e o Livro de Jó na memória, para desfrutar da paisagem tendo em mente os conceitos de belo e sublime. E os quadros de Van Gogh – com seus trigais amarelos, campos roxos de alfazema e telhados alaranjados em contraste com céus de forte azul – levaram-no a conhecer a Provença, que por sua vez o fez conhecer-se um pouco mais”.
...
O livro vai ao encontro de uma forma de viajar que descobrimos há pouco, mas que nos fascina cada vez mais: viajar através dos sentidos! “Olhar, enxergar, ver, sentir, cheirar, tocar, provar, comer, escutar, ouvir”... os lugares, as ruas, as pessoas, as comidas, os costumes, as roupas, as histórias, os monumentos, a cultura, os livros... Mas deixemos para uma análise mais minuciosa para depois da leitura do livro.


E deixaremos vocês com o Amir Klink...para refletir um pouco...






domingo, 23 de maio de 2010

Mercado Municipal de Brasilia

Hoje não deu para começar a Expedição Melhores da Veja Brasília. Até que tentamos tomar café na “Melhor Padaria”, mas a que servia café era no Lago Sul e fomo na da Asa Sul. Essa última é muito pequenina, tinha uma fila, então pensamos que não conseguiríamos aproveitar como gostaríamos e resolvemos voltar outro dia.

Bom, já estávamos na rua e com fome. Lembramos então do Mercado Municipal e como já era um lugar que queríamos conhecer, fomos pra lá.

Não era como imaginávamos, é pequeno, meio escondido. Mas não sei, talvez estejamos sendo injustos, já que tínhamos o Mercado Municipal de São Paulo como referência, então acho difícil algum conseguir superá-lo. Comparações à parte, vale a visita ao lugar, principalmente se você procura produtos que geralmente não se encontra em supermercados ou para tomar um chopinho gelado no Bar do Mercado.







A história sobre a origem desse tipo de mercado teve início lá no bairro de Les Halles, em Paris, onde o mercado, projetado por Baltard (demolido em 1968), deu lugar a um moderno centro comercial, fonte de inspiração para artistas e arquitetos de diversos países.

No Brasil, a primeira réplica foi o Mercado São José do Recife, em 1875. Em seguida veio o de Manaus, em 1882, e o Mercado de Ferro de Fortaleza, em 1896. Esse último, hoje desmembrado em dois, tem a parte mais conservada do centro da capital cearense, conhecido como Mercado dos Pinhões. (Vivendo e aprendendo... Sou de lá e não sabia disso, por isso a vida é tão bela, às vezes, buscamos tanto conhecer lugares, sair pelo mundo, e não nos damos conta de que não conhecemos nossa própria casa...)

A capital federal levou 45 anos para ganhar o seu Mercado Municipal, mas, eventualmente, também abriu espaço, em sua mais antiga avenida comercial, para que o velho e o novo se encontrassem. É o retrocesso modernizante. São grades, portões, arcos, vitrais, muitos com mais de 100 anos, vindos da Inglaterra, São Paulo, Rio de Janeiro, Santos, convivendo com estruturas de ferro modernas e arejadas.

Se o arquiteto Álvaro de Abreu buscou nesse projeto um elo histórico com a arquitetura da Cidade Luz, foi nas feiras, mercados e, mais precisamente, no Mercado da Cantareira, que os cheiros e sabores necessários foram encontrados.

O escritor Émile Zola chamou o Lês Halles de “o ventre de Paris”, pois ali se negociavam comidas e bebidas, dia e noite. Aqui não é diferente. O mercado funciona até as 22h e o bar fica aberto dia e noite, para não contrariar o escritor nem os seus muitos leitores.

O Mercado Municipal, na sua arquitetura, cheiros e sabores, é a forma que achamos de dizer que Brasília continuará sempre revolucionária e bela”.

Não compramos nada, apenas conhecemos, vimos, sentimos, cheiramos... E pensando em tomar café, acabamos tomando chopp no Bar do Mercado, junto com uma porção de pastéis de bacalhau e bolinhos de bacalhau. O bolinho é divino, muito bom mesmo, já os pastéis, achamos um pouco sem gosto, faltou tempero... O lugar é muito legal e ficamos sabendo que às terças feiras há chorinho a partir das 20h. Vamos voltar lá para conferir!




Painel do artista Paulo Andrade retratando personagens da boemia candanga. 
Será que eles estavam com sede?


Entrada do Bar do Mercado na Av. W3



Mural do artista brasiliense Bemm Soares retratando a história da antiga cervejaria Brahma.

Vai um chopp aí?

Os bolinhos de bacalhau. Delícia!

Eis a propaganda do Bar do Mercado, tanto no folheto, quanto no site:

Onde comer? Claro que é no Bar do Mercado. Não pense encontrar um lugar luxuoso: é uma cozinha de mercado honesta, como as de antigamente, onde se pode tomar apenas um cafezinho, experimentar um pastel de bacalhau ou um sanduíche de mortadela. Se o assunto é almoço, basta sentar em umas das mesas e pedir o cardápio que você terá diversas opções feitas com matéria-prima fresquíssima e de qualidade. O chopp segue a tradição do Ferreira, o mais premiado de Brasília. Vinhos? Você terá muitas opções. Aí é só decidir: uma entrada de frutos do mar, pão italiano com sardela, peixe do dia ou então ficar com o bacalhau do Mercado. A noite é puro agito. Uma lista de petiscos está à sua espera. No final, é só encarar a famosa sopa de cebola do CEASA, feita pelo Totó, que no dia seguinte você estará zerado.

Outra boa razão para se apaixonar pelo Bar é a sua decoração. Na entrada, você vai deparar com um painel do artista Paula Andrade, ao estilo Nilton Bravo, retratando personagens da boemia candanga. Ao lado, outro artista brasiliense, Nem Soares, que deixou a sua marca num painel, retratando a história da antiga cervejaria Brahma. Em frente, o balcão de mármore de Alicante (Espanha) e uma peça de ferro fundido que pertenceu à prefeitura de Santos. Os lustres também vieram da Espanha (Barcelona), o piso de ladrilho hidráulico, o caixa de embuia trabalhada, uma bela coleção de cachaças antigas.

Tudo no lugar conspira desejos”.


Ah, também no site, não deixe de conferir a "Verdadeira história de 'Sêo' Manel Xicote".

Qualquer semelhança não é mera coincidência...