sábado, 15 de maio de 2010

Chapada dos Veadeiros


DIA 3: PARQUE NACIONAL DA CHAPADA

Encravada no ponto mais alto do Planalto Central, a 1.700 metros de altitude, a chapada é repleta de cachoeiras, piscinas naturais, cânions, riachos e matas de cerrado. Para proteger tanta beleza, foi criado, em 1961, pelo então Presidente da República, Juscelino Kubitschek, com o nome de Parque Nacional do Tocantins, renomeado como Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros com área 650.000 ha, sendo reduzida varias vezes até 65.514 ha nos dias atuais, o uso público só e permitido em 3% deste total, o restante do Parque é reservado para fins de pesquisa e preservação.



As trilhas abertas a visitação, levam aos clássicos cartões-postais da região, entre eles os Saltos do rio Preto, que formam cascatas de até 120 metros de altura e a maior piscina natural da área, que chega a 300 metros de diâmetro. A entrada principal da reserva fica na vila de São Jorge, a 38 quilômetros de Alto Paraíso. Acesso pela GO-327 (direção Colinas do Sul). Apenas 300 pessoas por dia têm acesso ao parque e é necessário o acompanhamento de guias credenciados.

A reserva é ainda refúgio de animais ameaçados de extinção como o veado campeiro, o cervo do Pantanal, a onça pintada e o lobo-guará, além de abrigar tamanduás, tatus, cobras e espécies variadas de aves, como araras e tucanos.

No nosso dia estava lotado. E nosso grupo estava maior: 20 pessoas! Cada guia só pode entrar no Parque com no máximo 10 pessoas, então paramos em São Jorge para o guia Juciê se juntar à nossa trupe! Muito gente boa também!

Como só é permitida a entrada com Guia, e cada deve preencher um documento com os dados das pessoas que estão levando, demoramos uns 20 minutos entre nos entendermos com a burocracia do local e pegarmos a trilha. Mas tudo bem, nesse caso a burocracia é por uma boa causa: a proteção do Parque!

Tilso e nosso guia Tião

Partindo na trilha em direção às Cachoeiras do Rio Preto 

Como o parque era local de garimpo, até hoje exitem enormes vales e pedras por lá.

A trilha é difícil e longa. São 4,5km de ida e o mesmo de volta, somando 9km no total. Prepare-se para cansar... Mas no fim, cada esforço compensa: os Saltos do Rio Preto, com suas quedas de 120m e 80m são extasiantes. E tomar banho de frente para aquela cachoeira... não há palavras que descrevam.








Rio preto: queda de 120m.

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Depois de uns 15 minutos de banho... Começa a chover. Tentamos nos proteger embaixo de umas pedras, mas passados quase 20 minutos e com a chuva aumentando, resolvemos assim mesmo. E essa decisão nos levou a uma aventura daquelas. Debaixo de uma chuva torrencial, ensopados, eu tremendo de frio, tivemos que subir 4,5km. Apesar de tudo: da chuva, da roupa ensopada, do frio, do cansaço, foi indescritível! Pena que não havia máquina para registrar esse momento, pois estavam todas devidamente enfiadas no fundo das mochilas, na tentativa de serem protegidas. Então já sabe: mês de abril na chapada é convite para tomar banho de chuva!

Quando chegamos ao topo, o tempo melhorou... Felizmente tinha trazido outra muda de roupa e me troquei. Grupo reunido, fomos ao Rancho do Seu Valdomiro comer e beber. Há uma enorme variedade de licores e cachaças que as pessoas podem degustar de graça. Depois é só esperar pelo rango. Nossa, nunca vi tanta comida! Arroz, galinha caipira, linguiça e carne com tempero especial do lugar, paçoca, salada (que foi meio esquecida), mandioca e... a matula. Mistura de diversos ingredientes que fazem dessa espécie de feijão uma coisa sem igual. Nunca comi tanto! E lá não pára, enquanto alguém estiver comendo, eles estão trazendo comida... Pena que Seu Valdomiro estava meio gripado e não veio nos contar suas famosas histórias...

A trupe.

R$ 20,00 por pessoa e com galinha caipira R$ 25,00. Vale cada centavinho.

A famosa e deliciosa Matula

De “bucho cheio” como diz o cearense, voltamos pra casa... pra cama. Nesse dia não saímos, o cansaço não deixou, ficamos hibernando na cama.



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